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Distração : causas e tratamento

Dr Mario Peres, médico neurologista, escreve neste artigo sobre causas da distração e formas de tratamento.

Distração

Recebo muitas perguntas sobre distração, dispersão, falta de concentração, problemas de memória. Perguntas como: Sou muito distraída no trabalho, tem alguma solução? Não consigo focar, sou disperso, o que devo fazer? Ser muito distraído pode ser sinal de doença de Alzheimer? Distração é sempre um sinal de TDAH, déficit de atenção e hiperatividade?

Sintomas e exemplos de distração

Quando a pessoa está distraída ela esquece coisas, não lembra o que foi dito, não consegue prestar atenção, focar, concentrar, alguém fala algo e ela não registra.

A esposa de um paciente uma vez me contou que um dia seu marido saiu de manhã para comprar pão, acabou passando antes na banca, leu os jornais, comprou também uma revista, se lembrou de passar no sapateiro para ver se o sapato estava pronto, parou para ver um acidente com moto-boy, encontrou um amigo que ficou batendo papo, foi visitar a casa dele que era ali perto, voltou perto da hora do almoço para casa, e adivinha, não trouxe o pão que tinha saído para comprar! Estes e muitos outros exemplos parecidos existem.

Existe uma dificuldade no foco, em começar e terminar uma tarefa, executá-la até o fim. A distração pode ser eventual, em um momento de vida ou pode ser uma tendência da pessoa. Pode iniciar-se depois de adulto, se agravar e ser até o início de uma demência como a doença de Alzheimer.

Distração eventual

Todos nós temos a capacidade de desviar a atenção para outro foco que não o que estamos fazendo, isto é importante, pois se não percebemos algo mais importante acontecendo ao nosso redor perdemos a capacidade de adaptação, até para nos protegermos de algo que possa ser perigoso. A distração em um certo ponto, até uma certa medida é parte do funcionamento cerebral normal. As pessoas que estão vivendo um momento e percebendo-se mais distraídas podem estar passando por alguns problemas pontuais como falta, privação de sono, tristeza, desânimo ou até um quadro depressivo, pode estar passando por um momento de sobrecarga, ansiedade, preocupação excessiva, tensão.

É importante saber que o foco depende muito do prazer, da vontade, uma distração no trabalho, por exemplo, pode ser por falta de prazer em realizar as tarefas, a pessoa vai se distrair mais facilmente com coisas que lhe dão mais prazer como conversar com os colegas de trabalho, ou navegar por sites e redes sociais. No caso de uma distração pontual basta corrigir as situações de momento que o foco melhora, a atenção volta a ficar normal.

E se a distração estiver piorando progressivamente? Se os esquecimentos e dispersão estão piorando ao longo do tempo, pode ser que os fatores descritos anteriormente, problemas de sono, de humor e de ansiedade estejam se acumulando. Pode ser também a presença, o início de um quadro degenerativo.

E se a distração estiver presente desde muito tempo, e não necessariamente piorando? Neste caso pode estar presente o tdah, o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, que geralmente se inicia na infância e pode perdurar pela vida adulta. É uma tendência genética, que pode se agravar pos acontecimentos pontuais, mas que permanece mantida ao longo dos anos e décadas. O TDAH tem tratamento, então se a causa da distração for esta, o uso de medicamentos específicos são os mais indicados. Se for alguma outra causa deve ser tratado o problema de base, sono, depressão, ansiedade.

Medidas não medicamentosas podem ser recomendadas com bons resultados como relaxamentos, meditação, psicoterapias, exercícios físicos.

Para um correto diagnóstico procure um neurologista

Para marcar uma consulta ligue para 2151-0110 (hospital albert einstein) ou 3285-5726 (jardins)

Associação Brasileira de Psiquiatria Responde ao programa Mais Você

Caros Amigos,

Não posso deixar de publicar a resposta da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) ao programa Mais Você, do dia 28 de novembro de 2011, acho que a Academia Brasileira de Neurologia deveria se posicionar também. O texto foi extraído da página da ABP no link http://abp.org.br/2011/medicos/archive/4195

Resposta ao programa Mais Você

PUBLICADO EM 29 DE NOVEMBRO DE 2011

Senhor editor,

O programa Mais Você desta segunda-feira (28/11) trouxe duas matérias e uma entrevista com o neurologista Eduardo Mutarelli. Surpreendeu-nos negativamente, assim como toda a comunidade medica que representamos, a discussão que colocou em dúvida a existência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Tendo em vista a condução equivocada do programa, fazemos as seguintes considerações, já ratificadas por psiquiatras de todo o país:

1. O que hoje chamamos de TDAH é descrito por médicos desde o século XVIII (Alexander Crichton, em 1798), muito antes de existir qualquer tratamento medicamentoso. No inicio do século XX, um artigo científico publicado numa das mais respeitadas revistas médicas até hoje, The Lancet, escrita por George Still (1902), descreve a TDAH. Essa descrição é quase idêntica a encontrada nos atuais manuais de diagnóstico, como o DSM-IV da Associação Americana de Psiquiatria.

2. Os sintomas que compõem o TDAH são observados em diferentes culturas: no Brasil, nos EUA, na Índia, na China, na Nova Zelândia, no Canadá, em Israel, na Inglaterra, na África do Sul, no Irã etc.

3. O TDAH é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como transtorno mental e está listado na Classificação Internacional de Doenças (CID). E, como afirmou uma das matérias veiculadas em seu programa, segundo a OMS, 4% dos adultos e 8% das crianças e adolescentes de todo o mundo sofrem de TDAH.

4. Mais de duzentos artigos científicos já foram publicados demonstrando alterações no funcionamento cerebral de portadores de TDAH. Ressalte-se que os achados mais recentes e contundentes são oriundos de centros de pesquisa como o National Institute of Mental Health dos EUA.

5. Todo e qualquer tipo de medicação, principalmente os dispensados por prescrição médica, possuem contraindicação. Entretanto, são inegáveis os benefícios levados aos pacientes que realmente necessitam dela.

Diante do exposto, façamos uma reflexão. Se fosse uma doença “inventada” ou “mera consequência da vida moderna”, seria possível o TDAH atravessar mais de um século com a descrição dos mesmos sintomas? Se o TDAH fosse apenas “um jeito diferente de ser” e não um transtorno mental, por que os portadores, segundo pesquisas científicas, têm maior taxa de abandono escolar, reprovação, desemprego, divórcio e acidentes automobilísticos? Por que eles têm maior incidência de depressão, ansiedade e dependência de drogas? Se fosse tão somente um comportamento secundário ao modo como as crianças são educadas, ou ao seu meio sociocultural, como é possível que a descrição seja praticamente a mesma em regiões tão diferentes?

O fato inquestionável, senhor editor, é que o TDAH é um dos transtornos mais bem estudados da medicina e com mais evidências científicas que a maioria dos demais transtornos mentais.

Os pacientes e seus familiares merecem mais cuidado e atenção. É lamentável que um repórter se passe por um doente mental para escrever uma matéria e, ao final de uma semana sustentada por mentiras, se coloque na posição de aconselhar a quem quer que seja.

Imagine a gravidade da situação se esses pacientes, desinformados por essa matéria, param a medicação, tenham recaídas e venham a cometer atos graves. Quem será responsabilizado?

Ficamos imaginando os promotores da infância e adolescência e os conselheiros tutelares agindo em defesa desses pacientes.

Se houve, lamentamos os diagnósticos equivocados e o excesso de medicação informados por seu programa. Por outro lado, repudiamos toda e qualquer tentativa de se denegrir a atividade desempenhada pelo psiquiatra. Maus profissionais há em todos os lugares, inclusive entre os que, em vez de informar, prestam o curioso serviço de desinformar a população brasileira.

Com o intuito de colaborar e em função da importância do assunto, gostaríamos de ter resposta equivalente ao tempo que foi dado às discussões no programa desta segunda-feira. Sabemos que essa produção se pauta pelo interesse do cidadão e não se furtará a melhor esclarecer um assunto que é importante para milhares de pacientes, de norte a sul do país. Para tanto, colocamo-nos à disposição, assim como toda a grade de associados da ABP, para levar os esclarecimentos pertinentes. Lembramos também ser necessário ouvir as associações de familiares e pacientes com TDAH e mostrar a realidade vivenciada por eles.

Aproveitamos para convidar o senhor editor e toda a equipe do Mais Você para se engajarem na luta contra o preconceito que há em relação ao doente mental e ao psiquiatra. Pensando em como acabar com o estigma que paciente e médico carregam, a Associação Brasileira de Psiquiatria lançou a campanha “A Sociedade contra o Preconceito”, no último Congresso Brasileiro de Psiquiatria, no início de novembro. A campanha ganhou a adesão das atrizes Cássia Kiss Magro e Luíza Tomé, do locutor esportivo Luciano do Valle e dos escritores Ferreira Gullar e Ruy Castro. Pessoas que entendem a perversidade que é estigmatizar o doente mental porque passaram por isso, pessoalmente ou com familiares próximos.

Contamos com a sensibilidade do senhor editor e dos colaboradores do Mais Você para contribuir com o fim do preconceito e não alimentá-lo ainda mais.

Antônio Geraldo da Silva
Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria

 

 

Doenças que se confundem com o TDAH no adulto

Doenças que se confundem com o TDAH no adulto

Dr Mario Peres, médico neurologista escreve sobre o diagnóstico diferencial do TDAH

Conheça agora algumas doenças ou condições que podem se confundir com o TDAH no adulto, com sintomas semelhantes aos presentes no déficit de atenção/ hiperatividade, mas que constituem outros quadros.

As doenças que se parecem nos seus sintomas levam aos médicos a necessidade de fazer o chamado “diagnóstico diferencial”. O profissional da saúde vai se utilizar de dados fornecidos pelo paciente e família, de testes ou escalas preenchidas pelos pacientes e também familiares, e em alguns casos exames complementares. O diagnóstico diferencial é importante para definir também as comorbidades, ou seja, doenças que estão acontecendo juntamente com o problema principal, no nosso caso o TDAH.

Os exames subsidiários podem ajudar no diagnóstico, quando há alguma dúvida na diferenciação entre as doenças. Pode-se pedir exames de laboratório (sangue, urina), imagem (tomografias, ressonância magnética), neurofisiológicos (polissonografia, eletroencefalograma).

As doenças que se parecem com o TDAH são:

Distúrbios do sono (sonolência diurna, apneia do sono e outros)

Epilepsia

Déficit auditivo

Déficit visual

Doenças da tireóide

Anemia

Doenças do fígado

Uso de substancias (cafeína, remédios)

Menopausa

Mitos do TDAH – TDAH não é doença

Dr Mario Peres, médico neurologista, escreve sobre os mitos do TDAH, déficit de atenção e hiperatividade.

Mito : TDAH não é uma doença.

A percepção pública do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) está repletos de mitos, equívocos e desinformação sobre a natureza do curso e tratamento da doença. Um equívocos comum é afirmar que o TDAH não é um distúrbio, uma doença, ou é exageradamente diagnosticada. Os críticos afirmam que muitas vezes as crianças são desnecessariamente medicadas, porque os pais não têm controle adequado de seus filhos indisciplinados, desmotivados, preguiçosos, ou que estão procurando uma vantagem acadêmica (por exemplo, testes, ou acomodações em sala de aula) nas escolas. Fala-se que uma intolerância crescente de brincadeiras de infância pode estar levando a mais e mais crianças serem rotulados com TDAH.

Diz-se que o TDAH foi criado pela comunidade médica, em conjunto com os laboratórios farmacêuticos, para angariar negócios e para aumentar seus lucros. Todas as instituições de políticas públicas de países desenvolvidos como o National Institutes of Health, nos Estados Unidos, e da União Européia, e uma comunidade internacional de pesquisadores clínicos, médicos, instituições ligadas ao público leigo reconhecem o TDAH como uma doença real, com consequências graves ao longo da vida. Como todas as entidades sérias e representativas de todos os segmentos da sociedade podem estar enganados?

Vários estudos ao longo dos últimos 100 anos demonstram que o TDAH é um distúrbio crônico que tem um impacto negativo em praticamente todos os aspectos do funcionamento social, emocional, acadêmico e do trabalho. Crianças com TDAH têm maiores taxas de outros transtornos psiquiátricos, maior freqüência de internações, atendimentos de pronto socorro e custos em comparação com indivíduos sem TDAH.

As taxas de consumo e abuso de álcool, cigarro, uso da maconha e outras drogas aparecem mais frequentemente em indivíduos com TDAH Mais tarde na vida, os adultos com TDAH têm dificuldades de emprego, sofrem de depressão e transtornos de personalidade, têm mais chances de se envolverem em acidentes, têm altas taxas de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência em comparação com indivíduos sem TDAH.

Teste para TDAH no adulto ASRS

Este é um teste padronizado, chamado ASRS, um teste para adultos.

Teste para adultos com TDAH

Com o teste abaixo será possível identificar a tendência ou a possibilidade de você ter TDAH e, dependendo do resultado encontrado, motivá-lo a buscar ajuda de um profissional para um melhor diagnóstico. Importante: Este teste não pode ser usado como único instrumento de avaliação.

Instruções:

Os 24 ítens abaixo se referem à forma como se você se comportou e se sentiu durante a maior parte de sua vida adulta. Se você foi por muito tempo de um jeito e mudou recentemente, suas respostas devem refletir como você geralmente era.

1. Você tem a impressão de nunca atingir por completo seus objetivos, independentemente do quanto já alcançou?
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

2. Acho que é difícil ler um material escrito a não ser que seja muito interessante e muito fácil.
 a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

3. Especialmente em grupos, eu acho que é difícil permanecer focado sobre o que está sendo dito em conversas.
 a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

4. Tenho um temperamento irritadiço e/ou sou pavio curto.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

5. Me irrito facilmente e aborreço-me por pequenas coisas.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

6. Digo coisas sem pensar e mais tarde lamento ter dito.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

7. Tomo decisões rápidamente, sem pensar o suficiente sobre suas possíveis consequencias.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

8. Tenho problemas no meu relacionamento com as pessoas devido à minha tendência em falar primeiro e pensar depois.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

9. Meu humor tem altos e baixos.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

10. Tenho problemas de planejamento, ou seja, em que ordem fazer as tarefas ou atividades.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

11. Eu fico aborrecido com facilidade.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

12. Tenho baixa tolerância à críticas negativas e fico facilmente chateado com isso.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

13. Eu estou quase sempre me movimentando, sou muito agitado.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

14. Estou mais confortável quando estou me movimentando, do que quando estou parado.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

15. Em conversas, começo a responder as perguntas antes mesmo das pessoas a formularem completamente.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

16. Eu costumo trabalhar em mais de um projeto ao mesmo tempo, e acabo não terminando muitos deles.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

17. Há sempre muitas coisas e/ou interferências na minha cabeça.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

18. Mesmo quando estou sentado, estou normalmente movendo as mãos ou pés.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

19. Em atividades de grupo, é difícil para eu ter que esperar minha vez.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

20. Minha mente fica tão cheia que é difícil ter um bom funcionamento.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

21. Penso em muitas coisas ao mesmo tempo.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

22. Meu cérebro se sente como se fosse um aparelho de televisão com todos os canais ligados ao mesmo tempo.

a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

23. Estou sempre “viajando” ou “sonhando acordado” e é difícil controlar.a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

24. Fico angustiado pela forma desorganizada do funcionamento do meu cérebro.a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito

Sobre o teste
Este teste indica uma tendência ou probabilidade de ter ou não TDAH, para um diagnóstico mais preciso entre em contato com um médico neurologista ou psiquiatra.
Imprima o teste, preencha voce mesmo e peça também para algum familiar preencher sobre você, leve o resultado para o seu médico.

Desenvolvido por Larry Jasper & Ivan Goldberg.

Este post foi escrito pelo Dr Mario Peres, médico neurologista, pós doutorado pela THomas Jefferson University,
para marcar consulta ligue para 3285-5726 ou 2151-0110 (hospital albert einstein)

O TDAH afeta toda a vida do adulto

O ABC DO TDAH

Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Uma sopa de letrinhas: ADD, ADHD, DDA, TDAH, DSM, o que significam estas siglas?

Todas de uma forma ou outra se referem ao Déficit de Atenção e Hiperatividade ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). DDA significa distúrbio do déficit de atenção, um nome utilizado antes da tradução da nomenclatura das doenças mentais do DSM (referência para diagnóstico das doenças mentais) quando a palavra “disorder” do ingles foi traduzida para transtorno.

Chamaremos de agora em diante o universo de problemas relacionados ao déficit de atenção referindo-se ao TDAH.

E quantas situações difíceis estão relacionadas ao TDAH, aqui uma pequena grande lista:

Repetir de ano,

Não passo em provas, não passo no vestibulares, não passo em concursos

Atrasos frequentes,

Erros por bobagem,

Desligamentos,

Esquecimentos,

Perda de coisas, objetos,

Cálculo errado do tempo,

Não conseguo priorizar,

Bagunça, desorganização

Ausência de foco,

Preguiça,

Não lembro das coisas,

Perda de memória,

Dar “brancos”

Desatençåo,

Estar a mil por hora, estar no no 220,

Distração, estar no mundo da lua,

Dificuldade de relacionamento, separação,

Não consigo terminar as coisas,

Pular de uma coisa para outra,

menino impossível, levado, briguento.

Explosividade, impulsividade

O TDAH afeta toda a vida, desde a infância, durante a vida adulta e na velhice. O TDAH afeta todos os aspectos da vida, relacionamentos, aprendizado, saúde física e mental, e de maneira significante. O TDAH é real, não é doença inventada, pode ser tratado com remédios e sem remédios.

Todos os aspectos do déficit de atenção e hiperatividade, a sua origem, as causas, a genética, a diferença entre meninos e meninas, homens e mulheres, a influência do ambiente, da educação, da alimentação. Como o cérebro funciona, como a memória é processada e para que a temos; os sintomas, as consequências na vida diária e ao longo das fases da vida, a associação com ansiedade, depressão, transtorno bipolar, uso de alcool e drogas, doença de alzheimer, acidentes, separação. Abordaremos também os testes diagnósticos e as formas de tratamento neste site.

Vale a pena tomar remédio? qual remédio, quem deve prescrever? Remédio vicia? Criança pode utlizar? Existem outras formas de melhorar o TDAH que não a medicação? Clique em tratamento do tdah no adulto https://tdahnoadulto.com/

Para marcar uma consulta com Dr Mario Peres, ligue para 11 32855726 ou 11 2151-0110 (hospital Albert Einstein)

Mitos do TDAH – 1. TDAH não é uma doença real

Começamos aqui a nossa série sobre os mitos do TDAH, transtorno do déficit de atenção / hiperatividade.

Mitos do TDAH – 1.  TDAH não é uma doença real

O TDAH, déficit de atenção / hiperatividade é reconhecido como um transtorno / uma doença por toda a comunidade médica em todo o mundo. Entidades americanas como o CDC (Centers for Disease Control), dos Institutos Nacionais de Saúde, o Congresso dos Estados Unidos, o Departamento de Educação, o Gabinete de Direitos Civis, a Associação Médica Americana, e todas as sociedades médicas neurológicas e psiquiátricas reconhecem o TDAH.

Parte da incompreensão sobre o TDAH deriva do fato de que nenhum teste específico possa identificar o TDAH, não existe um marcador biológico, um exame de sangue ou de imagem para definir a doença. Embora ainda não exista um teste específico para o diagnóstico médico, critérios diagnósticos de TDAH, com aspectos claros e específicos devem ser atendidas para que um diagnóstico seja feito. Usando esses critérios e uma história profunda e informações detalhadas sobre os comportamentos, um diagnóstico confiável pode ser feito. Um equívoco adicional pode ocorrer porque os sintomas do TDAH podem nem sempre parecerem claros. Qualquer pessoa pode ter algum grau de desatenção e perda de foco. Para um indivíduo com TDAH, no entanto, estes sintomas são tão graves que prejudicam o funcionamento diário. TDAH representa um extremo de um continuum de comportamentos. Às vezes, os comportamentos são incompreendidos.Os sintomas do TDAH podem certamente ser semelhante a outras condições. É por isso que o profissional de saúde para fazer o diagnóstico deve excluir outras condições pré-existentes ou as causas para os sintomas.

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Causas do TDAH no adulto

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CAUSAS DO TDAH NO ADULTO

Acredita-se que genes podem desempenhar um importante papel no déficit de atenção e hiperatividade. As questões ambientais, como a exposição a cigarros ou álcool, enquanto no útero, também podem ser importantes. Existe a teoria de que os neurotransmissores no cérebro estejam funcionando mal, como a dopamina, noradrenalina e serotonina,principalmente na região do córtex pré frontal. Porisso são prescritos remédios como o metilfenidato (ritalina ou concerta) com ação positiva no TDAH.

Para marcar consulta com o Dr Mario Peres, médico neurologista,ligue para 32855726 ou 37473309 (hospital albert einstein)

Tratamento do TDAH no Adulto

O que é TDAH  –  TDAH no AdultoCausas do TDAH Sintomas do TDAH no adultoTratamento do TDAH no adulto

NOTÍCIAS : Pesquisa sobre tratamento do TDAH no adulto na UNIFESP

Tratamento do TDAH no adulto

O tratamento do TDAH começa com o diagnóstico correto feito por um médico. Existem boas opções de tratamento do TDAH no adulto. As mesmas medicações usadas na criança podem ser usadas no adulto. O tratamento medicamentoso deve ser reservado para os casos nos quais aconteça algum prejuízo, alguma dificuldade na vida do paciente. Considerando que o TDAH pode estar associado a probelmas diversos como quadros depressivos, ansiedade, problemas com álcool e drogas, estas condições devem sertratadas também.

MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS

Várias linhas de psicoterapia podem ser indicadas. No caso de adultos casados, com freqüência algumas intervenções necessitam ser realizadas com o cônjuge. No caso de crianças e adolescentes, há programas de orientação e treinamento para pais e professores. Existem propostas muito interessantes de reestruturação do ambiente escolar e doméstico para crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade. Existem também várias recomendações que podem ser fornecidas ao paciente, de acordo com cada caso em particular, que amenizam suas dificuldades no dia-a-dia (tais como esquecimentos, uso de agenda, foco em uma tarefa, etc). Associação de técnicas Cognitivo Comportamentaiscom tratamento medicamentoso tem eficácia comprovada.

TRATAMENTO COM REMÉDIO

Existem muitos profissionais que prestam um GRANDE DESSERVIÇO à comunidade quando afirmam em meios de comunicação que os medicamentos “entorpecem” os pacientes, os tornam “robotizados”, “zumbis” e que este é um meio artificial de controle da doença. Geralmente são profissionais que não podem receitar medicamentos, é claro. Estão desinformados e provavelmente nunca acompanharam de perto um número suficiente de pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade antes e depois do tratamento farmacológico para observar a enorme diferença na vida destes indivíduos.

Vários remédios podem ser prescritos no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade, havendo evidências mais sólidas de eficácia com os psicoestimulantes  Metilfenidato (Ritalina ou Concerta),  Pemoline (Cylert), e as Anfetaminas (Dexedrine, Adderall) não são disponíveisno Brasil. Em alguns casos o modafinil (Stavigile) pode ser usado.

Os Psicoestimulantes são a primeira escolha no tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade segundo o NIH – National Institute of Health, dos EUA. Existem mais de 170 estudos clínicos, com mais de 6.000 pacientes avaliadas, sendo que 70% respondem com um único estimulante (o que é considerado muito bom). Os psicoestimulantes melhoram não apenas os sintomas típicos de Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (desatenção, impulsividade e hiperatividade), como também aqueles de condições coexistentes (especialmente ansiedade e depressão) além das explosões de raiva e comportamento intempestivo.

EFEITOS COLATERAIS

Os efeitos colaterais com o uso de psicoestimulantes ocorrem em apenas cerca de 4% dos pacientes e são: insônia, diminuição do apetite, dores de estômago e cabeça e vertigem. Algumas crianças desenvolvem tiques quando iniciam o uso de estimulantes, mas não se sabe se a medicação causa os tiques ou se ela simplesmente revela uma condição pré-existente (crianças que têm Doença de Tourrette, caracterizada por múltiplos tiques, por exemplo). Existia uma crença de que o uso de estimulantes retardaria o crescimento de crianças e por isso se recomendava os “feriados” (alguns dias ou o final de semana) ou “férias” (meses) terapêuticas. Recentemente estudos mostram que isto NÃO ACONTECE!

OUTROS REMÉDIOS

Antidepressivos podem diminuir a agressividade, melhorando também os sintomas de ansiedade e depressão freqüentemente observados em portadores de Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade. Clonidina (Atensina), um medicamento para tratamento de hipertensão arterial, parece estar associada a resposta favorável em bom número de casos. Neurolépticos, remédios que atuam na dopamina podem ser usados, quando os estimulantes promovem aumento do comportamento motor ou quando existe déficit cognitivo associado (retardo mental).

ATENÇÃO, NÃO SE AUTOMEDIQUE! Consulte um médico para fazer o seu diagnóstico e iniciar o melhor tratamento.

Para marcar consulta com o Dr Mario Peres, médico neurologista ligue para 11 32855726 ou 37473309 (hospital Albert Einstein)

O que é TDAH no adulto

O que é TDAH  –  TDAH no AdultoCausas do TDAH Sintomas do TDAH no adultoTratamento do TDAH no adulto

O que é TDAH 

TDAH é o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, uma doença neurológica que acomete crianças e adultos.  É um problema na crianças se manifesta com características como desatenção, hiperatividade, são crianças tidas como pimentinhas, hiperativas, impulsivas, bagunceiras, irriquietas, distraídas, sonhadoras que vivem no mundo da lua. Geralmente continua na idade adulta, onde a hiperatividade, agitação e impulsividade diminuem de intensidade e a distração fica mais evidente.

TDAH – Déficit de atenção no adulto

O transtorno do déficit de atenção / hiperatividade  (TDAH) pode acometer os adultos, apesar de ser uma doença mais conhecida na infancia, é comum o diagnóstico até mesmo em pais de crianças com déficit de atenção / hiperatividade.

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