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Doenças que se confundem com o TDAH no adulto
Doenças que se confundem com o TDAH no adulto
Dr Mario Peres, médico neurologista escreve sobre o diagnóstico diferencial do TDAH
Conheça agora algumas doenças ou condições que podem se confundir com o TDAH no adulto, com sintomas semelhantes aos presentes no déficit de atenção/ hiperatividade, mas que constituem outros quadros.
As doenças que se parecem nos seus sintomas levam aos médicos a necessidade de fazer o chamado “diagnóstico diferencial”. O profissional da saúde vai se utilizar de dados fornecidos pelo paciente e família, de testes ou escalas preenchidas pelos pacientes e também familiares, e em alguns casos exames complementares. O diagnóstico diferencial é importante para definir também as comorbidades, ou seja, doenças que estão acontecendo juntamente com o problema principal, no nosso caso o TDAH.
Os exames subsidiários podem ajudar no diagnóstico, quando há alguma dúvida na diferenciação entre as doenças. Pode-se pedir exames de laboratório (sangue, urina), imagem (tomografias, ressonância magnética), neurofisiológicos (polissonografia, eletroencefalograma).
As doenças que se parecem com o TDAH são:
Distúrbios do sono (sonolência diurna, apneia do sono e outros)
Epilepsia
Déficit auditivo
Déficit visual
Doenças da tireóide
Anemia
Doenças do fígado
Uso de substancias (cafeína, remédios)
Menopausa
Menopausa, hormônios e TDAH no adulto
MENOPAUSA E FLUTUAÇÕES HORMONAIS no TDAH
A mulher chega perto dos 50, começa a alterar o ciclo menstrual, fica esquecida, perde coisas, não lembra mais de nada, sente calores, é o chamado climatério, fase anterior a parada completa da menstruação, a menopausa. O esquecimento, a desatenção que ocorre nesta fase pode se confundir com o TDAH. Acontece também que a mulher pode ter tido o TDAH não diagnosticado toda a sua vida, e com a exacerbação destes sintomas, o TDAH se agrava e pode ficar mais nítido o diagnóstico.
Na mulher com TDAH ocorre uma flutuação ao longo do ciclo menstrual, ela é mais organizada no meio do ciclo e se perde na fase menstrual, fica com o pensamento mais distraído, algumas mulheres se queixam mesmo do TDAH no período pré-menstrual, quando também se misturam os sintomas da síndrome disfórica pré-menstrual a chamada TPM.
Mitos do TDAH – TDAH só existe na criança
TDAH é um transtorno da infância
Um conceito que se tem popularmente é que o TDAH é um problema da infância, porém esta noção tem sido dissipada por estudos de longo prazo, que acompanham crianças com TDAH ao longo de vários anos mostrando que cerca de 70 a 80 por cento das crianças com TDAH continuam com sinais de agitação e distração na adolescência e quando chegam a idade adulta jovem. Uma outra grande porcentagem sofrem com depressões, transtornos de ansiedade, abuso de álcool e drogas, tabagismo, problemas de conduta, insucesso escolar, isolamento social e rejeição. As pesquisa na população mostram que a estimava de adultos com TDAH varia de 1,5 a 4 por cento. Entre os adolescentes varia de 2 a 6 por cento.
O TDAH é sim uma doença importante no adulto! Não poderia falar diferente, não é mesmo? Caso contrário este site sobre TDAH no adulto não estaria publicado…
Mitos do TDAH – TDAH é superdiagnosticado e supertratado
Mitos do TDAH – TDAH é superdiagnosticado e supertratado.
Ouve-se falar que o TDAH é excessivamente diagnosticado, e crianças são medicadas sem necessidade. Uma vez li na CNN uma manchete: “TDAH é superdiagnosticado, diz estudo”. Na verdade, esta chamada se referia a um estudo no estado da Virginia nos Estados Unidos mostrava altos índices de diagnóstico da doença em um rede de escolas, chegando a afetar 17 porcento de meninos brancos, 9 porcento de meninos negros, 7 porcento de meninas brancas e 3 porcento de meninas negras. O estudo não concluia que o TDAH estava sendo diagnosticado além da conta, e sim que os níveis estavam altos, e de fato estavam, e ainda mais, provavelmente os profissionais da saúde estavam mais capacitados e melhor diagnosticando o TDAH. Mas o título em questão “vende mais”…
Mudanças na legislação da educação especial no início de 1990 nos Estados Unidos aumentou a consciência geral sobre o TDAH como uma condição de grande impacto na sociedade e forneceu a base legal para o diagnóstico e tratamento do TDAH no ambiente escolar. Estes mandatos legais têm aumentado o número de escolas com serviços disponíveis para crianças com TDAH e podem ter, inadvertidamente, levado alguns a concluir que o TDAH é um problema novo, inventado recentemente, e exageradamente diagnosticado.
Da mesma forma com o diagnóstico, o número de pessoas usando os medicamentos para TDAH cresce no mundo todo, mas a maioria das crianças e adultos com diagnóstico de TDAH ainda não recebe adequado tratamento.Médicos da comunidade, não especialistas tendem também a “sub-tratar” ao invés de “super tratar”, usam doses menores que as ideais, fazem menos consultas de acompanhamento e monitoramento.
O TDAH é mais provavelmente sub-diagnosticado e sub-tratado
Mitos do TDAH – TDAH não é doença
Dr Mario Peres, médico neurologista, escreve sobre os mitos do TDAH, déficit de atenção e hiperatividade.
Mito : TDAH não é uma doença.
A percepção pública do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) está repletos de mitos, equívocos e desinformação sobre a natureza do curso e tratamento da doença. Um equívocos comum é afirmar que o TDAH não é um distúrbio, uma doença, ou é exageradamente diagnosticada. Os críticos afirmam que muitas vezes as crianças são desnecessariamente medicadas, porque os pais não têm controle adequado de seus filhos indisciplinados, desmotivados, preguiçosos, ou que estão procurando uma vantagem acadêmica (por exemplo, testes, ou acomodações em sala de aula) nas escolas. Fala-se que uma intolerância crescente de brincadeiras de infância pode estar levando a mais e mais crianças serem rotulados com TDAH.
Diz-se que o TDAH foi criado pela comunidade médica, em conjunto com os laboratórios farmacêuticos, para angariar negócios e para aumentar seus lucros. Todas as instituições de políticas públicas de países desenvolvidos como o National Institutes of Health, nos Estados Unidos, e da União Européia, e uma comunidade internacional de pesquisadores clínicos, médicos, instituições ligadas ao público leigo reconhecem o TDAH como uma doença real, com consequências graves ao longo da vida. Como todas as entidades sérias e representativas de todos os segmentos da sociedade podem estar enganados?
Vários estudos ao longo dos últimos 100 anos demonstram que o TDAH é um distúrbio crônico que tem um impacto negativo em praticamente todos os aspectos do funcionamento social, emocional, acadêmico e do trabalho. Crianças com TDAH têm maiores taxas de outros transtornos psiquiátricos, maior freqüência de internações, atendimentos de pronto socorro e custos em comparação com indivíduos sem TDAH.
As taxas de consumo e abuso de álcool, cigarro, uso da maconha e outras drogas aparecem mais frequentemente em indivíduos com TDAH Mais tarde na vida, os adultos com TDAH têm dificuldades de emprego, sofrem de depressão e transtornos de personalidade, têm mais chances de se envolverem em acidentes, têm altas taxas de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência em comparação com indivíduos sem TDAH.
Teste para TDAH no adulto ASRS
Este é um teste padronizado, chamado ASRS, um teste para adultos.
Teste para adultos com TDAH
Com o teste abaixo será possível identificar a tendência ou a possibilidade de você ter TDAH e, dependendo do resultado encontrado, motivá-lo a buscar ajuda de um profissional para um melhor diagnóstico. Importante: Este teste não pode ser usado como único instrumento de avaliação.
Instruções:
Os 24 ítens abaixo se referem à forma como se você se comportou e se sentiu durante a maior parte de sua vida adulta. Se você foi por muito tempo de um jeito e mudou recentemente, suas respostas devem refletir como você geralmente era.
1. Você tem a impressão de nunca atingir por completo seus objetivos, independentemente do quanto já alcançou?
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
2. Acho que é difícil ler um material escrito a não ser que seja muito interessante e muito fácil.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
3. Especialmente em grupos, eu acho que é difícil permanecer focado sobre o que está sendo dito em conversas.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
4. Tenho um temperamento irritadiço e/ou sou pavio curto.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
5. Me irrito facilmente e aborreço-me por pequenas coisas.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
6. Digo coisas sem pensar e mais tarde lamento ter dito.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
7. Tomo decisões rápidamente, sem pensar o suficiente sobre suas possíveis consequencias.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
8. Tenho problemas no meu relacionamento com as pessoas devido à minha tendência em falar primeiro e pensar depois.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
9. Meu humor tem altos e baixos.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
10. Tenho problemas de planejamento, ou seja, em que ordem fazer as tarefas ou atividades.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
11. Eu fico aborrecido com facilidade.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
12. Tenho baixa tolerância à críticas negativas e fico facilmente chateado com isso.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
13. Eu estou quase sempre me movimentando, sou muito agitado.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
14. Estou mais confortável quando estou me movimentando, do que quando estou parado.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
15. Em conversas, começo a responder as perguntas antes mesmo das pessoas a formularem completamente.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
16. Eu costumo trabalhar em mais de um projeto ao mesmo tempo, e acabo não terminando muitos deles.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
17. Há sempre muitas coisas e/ou interferências na minha cabeça.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
18. Mesmo quando estou sentado, estou normalmente movendo as mãos ou pés.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
19. Em atividades de grupo, é difícil para eu ter que esperar minha vez.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
20. Minha mente fica tão cheia que é difícil ter um bom funcionamento.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
21. Penso em muitas coisas ao mesmo tempo.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
22. Meu cérebro se sente como se fosse um aparelho de televisão com todos os canais ligados ao mesmo tempo.
a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
23. Estou sempre “viajando” ou “sonhando acordado” e é difícil controlar.a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
24. Fico angustiado pela forma desorganizada do funcionamento do meu cérebro.a) Nunca b) Só um pouco c) Razoavelmente d) Moderadamente e) Na maioria das vezes f) Muito
Sobre o teste
Este teste indica uma tendência ou probabilidade de ter ou não TDAH, para um diagnóstico mais preciso entre em contato com um médico neurologista ou psiquiatra.
Imprima o teste, preencha voce mesmo e peça também para algum familiar preencher sobre você, leve o resultado para o seu médico.
Desenvolvido por Larry Jasper & Ivan Goldberg.
Este post foi escrito pelo Dr Mario Peres, médico neurologista, pós doutorado pela THomas Jefferson University,
para marcar consulta ligue para 3285-5726 ou 2151-0110 (hospital albert einstein)
Especialista em TDAH
Especialista em TDAH
Pacientes adultos com diagnóstico de déficit de atenção e hiperatividade (tdah, tdh, dda) ficam em dúvida em qual especialista procurar, se um psicólogo, psiquiatra, clínico, neurologista. O especialista em TDAH na minha visão pode ser o neurologista e o psiquiatra.
Sendo neurologista acho que o especialista mais adequado para tratar o TDAH no adulto é um neurologista, mas o psiquiatra poderá atender também.
A questão principal é a experiência do profissional, tanto neurologista como psiquiatra, o especialista precisa ter um interesse especial, uma ênfase na sua prática clínica ao tema do TDAH no adulto.
Para marcar uma consulta com Dr Mario Peres, médico neurologista, pós-doutorado na Filadélfia, Estados Unidos, ligue para 11 3285-5726 (jardins) ou 2151-0110 (hospital albert einstein).
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Mitos do TDAH – 1. TDAH não é uma doença real
Começamos aqui a nossa série sobre os mitos do TDAH, transtorno do déficit de atenção / hiperatividade.
Mitos do TDAH – 1. TDAH não é uma doença real
O TDAH, déficit de atenção / hiperatividade é reconhecido como um transtorno / uma doença por toda a comunidade médica em todo o mundo. Entidades americanas como o CDC (Centers for Disease Control), dos Institutos Nacionais de Saúde, o Congresso dos Estados Unidos, o Departamento de Educação, o Gabinete de Direitos Civis, a Associação Médica Americana, e todas as sociedades médicas neurológicas e psiquiátricas reconhecem o TDAH.
Parte da incompreensão sobre o TDAH deriva do fato de que nenhum teste específico possa identificar o TDAH, não existe um marcador biológico, um exame de sangue ou de imagem para definir a doença. Embora ainda não exista um teste específico para o diagnóstico médico, critérios diagnósticos de TDAH, com aspectos claros e específicos devem ser atendidas para que um diagnóstico seja feito. Usando esses critérios e uma história profunda e informações detalhadas sobre os comportamentos, um diagnóstico confiável pode ser feito. Um equívoco adicional pode ocorrer porque os sintomas do TDAH podem nem sempre parecerem claros. Qualquer pessoa pode ter algum grau de desatenção e perda de foco. Para um indivíduo com TDAH, no entanto, estes sintomas são tão graves que prejudicam o funcionamento diário. TDAH representa um extremo de um continuum de comportamentos. Às vezes, os comportamentos são incompreendidos.Os sintomas do TDAH podem certamente ser semelhante a outras condições. É por isso que o profissional de saúde para fazer o diagnóstico deve excluir outras condições pré-existentes ou as causas para os sintomas.
Para marcar uma consulta com o Dr Mario Peres, médico neurologista, ligue para 11 3285-5726 ou 11 2151-0110 (hospital albert einstein)
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Causas do TDAH no adulto
O que é TDAH – TDAH no Adulto – Causas do TDAH – Sintomas do TDAH no adulto – Tratamento do TDAH no adulto
CAUSAS DO TDAH NO ADULTO
Acredita-se que genes podem desempenhar um importante papel no déficit de atenção e hiperatividade. As questões ambientais, como a exposição a cigarros ou álcool, enquanto no útero, também podem ser importantes. Existe a teoria de que os neurotransmissores no cérebro estejam funcionando mal, como a dopamina, noradrenalina e serotonina,principalmente na região do córtex pré frontal. Porisso são prescritos remédios como o metilfenidato (ritalina ou concerta) com ação positiva no TDAH.
Para marcar consulta com o Dr Mario Peres, médico neurologista,ligue para 32855726 ou 37473309 (hospital albert einstein)
Tratamento do TDAH no Adulto
O que é TDAH – TDAH no Adulto – Causas do TDAH – Sintomas do TDAH no adulto – Tratamento do TDAH no adulto
NOTÍCIAS : Pesquisa sobre tratamento do TDAH no adulto na UNIFESP
Tratamento do TDAH no adulto
O tratamento do TDAH começa com o diagnóstico correto feito por um médico. Existem boas opções de tratamento do TDAH no adulto. As mesmas medicações usadas na criança podem ser usadas no adulto. O tratamento medicamentoso deve ser reservado para os casos nos quais aconteça algum prejuízo, alguma dificuldade na vida do paciente. Considerando que o TDAH pode estar associado a probelmas diversos como quadros depressivos, ansiedade, problemas com álcool e drogas, estas condições devem sertratadas também.
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS
Várias linhas de psicoterapia podem ser indicadas. No caso de adultos casados, com freqüência algumas intervenções necessitam ser realizadas com o cônjuge. No caso de crianças e adolescentes, há programas de orientação e treinamento para pais e professores. Existem propostas muito interessantes de reestruturação do ambiente escolar e doméstico para crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade. Existem também várias recomendações que podem ser fornecidas ao paciente, de acordo com cada caso em particular, que amenizam suas dificuldades no dia-a-dia (tais como esquecimentos, uso de agenda, foco em uma tarefa, etc). Associação de técnicas Cognitivo Comportamentaiscom tratamento medicamentoso tem eficácia comprovada.
TRATAMENTO COM REMÉDIO
Existem muitos profissionais que prestam um GRANDE DESSERVIÇO à comunidade quando afirmam em meios de comunicação que os medicamentos “entorpecem” os pacientes, os tornam “robotizados”, “zumbis” e que este é um meio artificial de controle da doença. Geralmente são profissionais que não podem receitar medicamentos, é claro. Estão desinformados e provavelmente nunca acompanharam de perto um número suficiente de pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade antes e depois do tratamento farmacológico para observar a enorme diferença na vida destes indivíduos.
Vários remédios podem ser prescritos no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade, havendo evidências mais sólidas de eficácia com os psicoestimulantes Metilfenidato (Ritalina ou Concerta), Pemoline (Cylert), e as Anfetaminas (Dexedrine, Adderall) não são disponíveisno Brasil. Em alguns casos o modafinil (Stavigile) pode ser usado.
Os Psicoestimulantes são a primeira escolha no tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade segundo o NIH – National Institute of Health, dos EUA. Existem mais de 170 estudos clínicos, com mais de 6.000 pacientes avaliadas, sendo que 70% respondem com um único estimulante (o que é considerado muito bom). Os psicoestimulantes melhoram não apenas os sintomas típicos de Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (desatenção, impulsividade e hiperatividade), como também aqueles de condições coexistentes (especialmente ansiedade e depressão) além das explosões de raiva e comportamento intempestivo.
EFEITOS COLATERAIS
Os efeitos colaterais com o uso de psicoestimulantes ocorrem em apenas cerca de 4% dos pacientes e são: insônia, diminuição do apetite, dores de estômago e cabeça e vertigem. Algumas crianças desenvolvem tiques quando iniciam o uso de estimulantes, mas não se sabe se a medicação causa os tiques ou se ela simplesmente revela uma condição pré-existente (crianças que têm Doença de Tourrette, caracterizada por múltiplos tiques, por exemplo). Existia uma crença de que o uso de estimulantes retardaria o crescimento de crianças e por isso se recomendava os “feriados” (alguns dias ou o final de semana) ou “férias” (meses) terapêuticas. Recentemente estudos mostram que isto NÃO ACONTECE!
OUTROS REMÉDIOS
Antidepressivos podem diminuir a agressividade, melhorando também os sintomas de ansiedade e depressão freqüentemente observados em portadores de Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade. Clonidina (Atensina), um medicamento para tratamento de hipertensão arterial, parece estar associada a resposta favorável em bom número de casos. Neurolépticos, remédios que atuam na dopamina podem ser usados, quando os estimulantes promovem aumento do comportamento motor ou quando existe déficit cognitivo associado (retardo mental).
ATENÇÃO, NÃO SE AUTOMEDIQUE! Consulte um médico para fazer o seu diagnóstico e iniciar o melhor tratamento.
Para marcar consulta com o Dr Mario Peres, médico neurologista ligue para 11 32855726 ou 37473309 (hospital Albert Einstein)